ATA DA TRIGÉSIMA QUARNTA QUADRAGÉSIMA SEXTA SESSÃO
SOLENE DA SPRIMEIRAEGUNDA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA LEGISLATURA,
EM 06.11.1990.19-10-1989.
Aos seis dezenove dias
do mês de novembrooutubro
do ano de mil
novecentos e n oitenta e
noveoventa,
reuniu-se, na Sala de Sessões do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de
Porto Alegre, em sua QuadragésimaTrigésima Quanta Sexta Sessão Ordinária Solene da Décimada Segunda Sessão Legislativura Ordinária da Décima Legislatura, destinada a homenagear a Escola
Municipal de 1º Grau José Loureiro da Silva, pelo transcurso do seu
trigésimo quinto aniversário. destinada a concessão do Título
Honorífico de Cidadão Emérito ao engenheiro
Fúlvio Celso Petracco, concedido através do Projeto de Resolução n 35/85 (Proc.
Nº 2604/89). Às dezesseiste horas e vinte trinta e
quatro minutos, constatada a existência de “quorum”, o Sr.r. Presidente
declarou abertos os trabalhos e solicitou e solicitou aaos Líderes de
Bancada quea
conduzissrem
ao Plenário as autoridades e personalidades presentepresentess.
Compuseram a Mesa: Ver. Valdir Fraga, Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre; Senhoras Clara Rimolo Anele, Jane Maria
Faria da Silva, Maria Salete Jagmin, Maria da Graça Vasconcellos, Karem Oliveira Machado,
Vera Regina Nunes,
respectivamente,
Diretora, Vice-Diretora, Presidente do Colegiado, Primeira Diretora, Aluna
representante da 8ª
série e Presidente do Círculo de Pais e Mestres da Escola Municipal de 1º Grau José Loureiro da Silva; Professoras Gislaine Nervo, Virgínia Ceccarelli e Raquel
Treiguer, ex-Diretoras da referida Escola; Profª Esther Pillar Grossi, Secretária Municipal da Educação; Ver. Dilamar Machado, Líder do PDT na Casa e, na
ocasião, Secretário “ad hoc”. A seguir, o Sr. Presidente, como autor da proposição e em nome da Bancada do PMDB, PCB e PL, registrou o
transcurso, ontem, dos trinta e cinco anos de
fundação da Escola Municipal de 1º Grau José Loureiro da Silva, falando acerca da história dessa escola que, desde sua
fundação, tem se destacado por “constituir-se num exemplar
estabelecimento de ensino”,
salientando a visão educacional abrangente de seus professores e de seu quadro
funcional. Em
prosseguimento, o Sr. Presidente concedeu a palavra aos demais Vereadores que falariam em nome
da Casa. O Ver. Dilamar Machado, em nome da Bancada do PDT, dizendo ter conhecido e trabalhado com o Sr. José Loureiro da
Silva, patrono da escola homenageada, comentou a atuação de S. Exª como Prefeito e político de Porto Alegre,
salientando sua visão de administrador e sua extrema dedicação a nossa Cidade. O Ver.
Luiz Braz, em nome da Bancada do PTB, destacou a presença da comunidade da Zona Sul nesta solenidade,
asseverando que tal fato atesta a satisfação dessa comunidade para com o trabalho que a Escola
Municipal de 1º Grau José Loureiro da Silva vem realizando. Registrou que o Sr. José Loureiro
da Silva integrou o PTB e, parabenizando a escola aniversariante, citou frases de Pitágoras: “Educais os homens e
não precisareis puni-los”. Após, o Sr. Presidente anunciou a presenças dos alunos do Jardim de
Infância da escola homenageada, interpretando a “Canção da Primavera”. A seguir, o Ver. João Motta,
em nome das Bancadas do PT e do PSB, discorrendo sobre o papel
fundamental da educação na sociedade, afirmou que, no Partido de S. Exª, a educação é questão política
primordial. Defendeu que a educação de 1º Grau ocupe cada vez mais o espaço que lhe é necessário e
urgente. Parabenizou a comunidade atendida pela escola homenageada pelo trigésimo
quinto aniversário daquele estabelecimento de ensino. O Ver. Artur Zanella, em nome da Bancada do PFL,
salientou a importância do patrono da escola aniversariante para a
história do País e, em especial, à educação. Congratulou-se com o Ver. Valdir Fraga
pela iniciativa e narrou fatos relativos à fundação da Escola de 1º Grau José Loureiro da Silva. Após, o Sr.
Presidente anunciou a participação dos alunos da 7ª e 8ª séries da
Escola Municipal de 1º Grau José Loureiro da Silva apresentando um jogral com o
histórico da escola
homenageada. Em continuidade, concedeu a palavra a Karem Oliveira Machado, a qual discorreu sobre a história e as condições de ensino oferecidas pela
escola homenageada, bem como do orgulho que a mesma representa para os alunos
que lá estudam; a
Vera Regina Nunes, a qual, discorrendo sobre as lutas que os pais e professores daquela escola vem
realizando em prol da educação de seus filhos e alunos, agradeceu a homenagem
prestada pela Casa; a
Esther Grossi, a qual salientou o esforço dos professores, funcionários e
direção da escola homenageada, asseverando que a mesma vem realmente “produzindo
aprendizagem”, e atentando para as atividades ali realizadas, de incentivo de integração
entre a escola e a comunidade a qual atende; a Clara Rimolo Anele, que agradeceu
em nome da Escola Municipal de 1º Grau José Loureiro da Silva, a homenagem
recebida deste Legislativo. Durante os trabalhos, o Sr. Presidente registrou as presenças, no Plenário, dos
Vereadores Artur Zanella, Luiz Braz, Ervino Besson e Clóvis Brum. : Clóvis Brum, Segundo Vice-Presidente da
Câmara Municipal de Porto AlegreÀs dezessete horas e trinta e um minutos, o Sr. Presidente agradeceu a presença de todos e, nada mais havendo a tratar, declarou encerrados os trabalhos às dezessete horas e trinta e um minutos, convocando os Senhores
Vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelo Ver.Valdir Fraga e secretariados pelo Ver. Dilamar Machado, Secretário “ad hoc”. Do que eu, Dilamar Machado, Secretário “ad hoc”, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após lida e aprovada, será assinada pelos Senhores Presidente e 1º Secretário.
, no exercício
da Presidência dos trabalhos; Engenheiro Fúlvio Celso Petracco, homenageado;
Dr. Tarso Genro, Vice Prefeito de Porto Alegre;
Deputado Estadual Jauri de Oliveira, Líder da Bancada do PSB na Assembléia
Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul; Ver. Omar
Ferri, Líder da Bancada do PSB, neste Legislativo Municipal e, na ocasião
Secretário “ad hoc”; e Srs. Teresinha Petracco Grandene,
irmã do Homenageado e representado os demais familiares. A seguir o
Sr. Presidente manifestou-se sobre a homenagem que este
Legislativo prestava e concedeu a palavra aos oradores que falariam em nome da
Casa. O Ver. Leão de Medeiros, em nome da Bancada do PDS, ressaltou qualidades
do homenageado, especialmente no
âmbito político, profissional e pessoal. E, relatando aspecto da vida do Sr.
Fúlvio Petracco, prestou suas homenagens ao mesmo. O Ver. Flávio Koutzii, em
nome da Bancada do PT, manifestou sua satisfação em encontrar o homenageado,
relembrando passagens de lutas empreendidas na militância política em prol das
classes populares. O Ver. Omar Ferri, em nome da Bancada do PSB, do PCB, em
nome do PC do B, registrou a presença de militantes do Partido Socialista
Brasileiro no Plenário, em solidariedade à homenagem que é prestada por esta
Casa ao Sr. Fúlvio Celso Petracco, destacando luta que há muito S. Sª tem ensinado aos seus Partidários. Esclareceu
circunstâncias que levaram S. Exª a ingressar no PSB. E, saudando o Ver. Elói
Guimarães pela iniciativa da proposição, parabenizou-se com o Sr. Fúlvio
Petracco. E o Ver. Elói Guimarães na condição de autor da
Homenagem e em nome da Bancada do PDT, dói PTB, do PL e
do PMDB, referindo princípios que presidem a outorga do Título Honorífico,
ressaltando que a presente homenagem é concedida em reconhecimento ao trabalho,
ao talento, à pessoa do Sr. Fúlvio Petracco, de quem destacou qualificações.
Relembrou episódio protagonizado pelo homenageado quando do Movimento de Legalidade, e
do Golpe de Mil Novecentos e Sessenta e Quatro, a
postura política de S. Sª em campanhas eleitorais. E augurou que o Homenageado
ainda muito contribuía na busca de uma sociedade mais justa. Em continuidade, o
Sr. Presidente concedeu a palavra ao Dr. Tarso Genro, Vice-Prefeito Municipal,
que em nome do Executivo Municipal, prestou homenagem ao Sr. Fúlvio Celso
Petracco. Ainda o Sr. Presidente procedeu a leitura do Texto do Título de
Cidadão e concedeu a palavra ao Deputado Estadual Jauri de Oliveira, que
prestou testemunho sobre a personalidade do Homenageado como dirigente
partidário. Em ato contínuo, o Sr. Presidente convidou o Ver. Elói Guimarães
para proceder a entrega do Título Honorifico de Cidadão Emérito ao Engenheiro
Fúlvio Celso Petracco, bem como aos presentes para que, em pe´, assistissem
essa formalidade. Após, concedeu a palavra ao Homenageado, que formulou
agradecimentos a todos que conviveram com S. Sª nos campos estudantis,
profissional e político. E destacou a atuação política desta Câmara Municipal,
expressando sua gratidão pela outorga do Título de Cidadão Emérito. Nada mais
havendo a tratar, o Sr. Presidente agradeceu a
presença de todos e levantou os trabalhos às dezoito
horas e cinqüenta minutos, convocando os Srs. Vereadores para a Sessão
Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelo Ver. Clóvis Brum,
e secretariados pelo Ver.Omar Ferri, como Secretário “ad hoc”. Do que eu Omar
Ferri, Secretário “ad hoc”, determinei
fosse lavrada a presente Ata que, lida
e aprovada será assina pelo Sr. Presidente e
pelo 1º Secretário.
O SR. PRESIDENTE (Clóvis BrumValdir Fraga): A Sessão Solene
destinada a homenagear a Escola Municipal de 1º Grau José Loureiro da
Silva foi requerida por este Vereador e aprovada por unanimidade
nesta Casa.
Transcorreu no dia de ontem o 35º aniversário de existência
da tradicional Escola Municipal de 1º Grau José Loureiro da Silva, localizada no Bairro
Cristal.
Idealizada por
verdadeiros beneméritos, ela tem se destacado desde a sua fundação por constituir-se num exemplar estabelecimento de ensino,
notadamente pela visão abrangente de seu corpo
docente. Os lances de desprendimento de seus mestres e apoio
incondicional da
comunidade a que serve compreendem os ingredientes necessários que levam a Escola
Loureiro da Silva a estabilizar-se, colocando-se adiante de seu tempo. Quem não lembra, quem não ama a escola desde aqueles momentos
difíceis, ali onde ela era alagada seguidamente? Imaginem com essa chuva que nós sofremos, se vocês estivessem lá na Escola
Loureiro da Silva, com aqueles pavilhões corroídos por cupim! Mas assim mesmo havia uma enorme emoção
de solidariedade
entre os nossos ex-diretores, ex-alunos, ex-professores, dos pais, porque faz parte da nossa comunidade da Zona Sul, é um pouco diferente de alguns bairros da nossa
Cidade, o pessoal lá pega para valer, não fica esperando pela Secretaria tal, pelo Prefeito tal, lá a comunidade pega para
valer. E é por isso
que hoje nós estamos numa escola maravilhosa, é porque os alunos merecem, os
ex-alunos, os pais, os professores. Eu tenho participado, tenho assistido as festas beneficentes, pode-se considerar festa, porque tem
muitas festas que nós participamos, muito mais finas, mas não têm o mesmo calor humano que
tem lá na Escola Loureiro da Silva. Eu
estou falando na Escola Loureiro da Silva, como poderia falar de outra escola
que têm garra, se não
fosse o carinho que têm os professores, os pais, por
sua escola, nós
estaríamos numa situação muito pior que nós estamos hoje em termo de escola no
nosso Estado. Por isso eu cumprimento, e não poderíamos deixar passar a oportunidade de
cumprimentar a Escola e a Direção pelos 35 anos. Nossos cumprimentos a vocês
todos. Continuem
assim. Hoje a Escola Loureiro da Silva, o nosso CIEM, é maravilhoso, e dentro
de uns dez ou quinze anos teremos que fazer mais um ou dois andares. Sei que não vai ser difícil esse
empreendimento, pois vocês têm demonstrado e têm feito pelas nossas escolas,
professores que também lecionam em outras escolas. Para a Loureiro da Silva o
nosso abraço,
continuem assim. As ex-Diretoras e ex-Professoras também merecem todo o nosso carinho, estiveram presentes nos
momentos mais difíceis da Loureiro da Silva. Nosso discurso é simples, mas
com muito amor por nossa Loureiro da Silva.
Gostaria de convidar a Secretária da Educação do
Município, Profª Esther, para fazer parte da Mesa. É uma honra muito grande para nós que V. Exª
participe, pois é a mestra principal do nosso Município.
Falei em nome dos Partidos, pela emoção saí fora da agenda, falei em nome do PMDB, PCB e PL. Pela minha Bancada falará o Ver. Dilamar Machado.
O SR. DILAMAR MACHADO: Sr. Presidente, companheiro Valdir Fraga, futuro
Deputado Estadual do Rio Grande, eleito pela sua região eleitoral,
Zona Sul, por quem tenho carinho, e pelo povo da Zona Sul; Secretária Municipal da Educação, Esther Grossi, ao saudá-la leve junto os cumprimentos do PDT,
pelo laurel recém consagrado como educadora e pelo trabalho realizado na Secretaria, isso orgulha
todos nós que lutamos por uma melhor educação para as crianças porto-alegrenses e brasileiras; Profª Clara Rimolo Anele, Diretora da Escola; Profª Jane Maria da Silva, Vice-Diretora; Profª Maria Salete Jagmin, Presidente do Colegiado; Profª Maria da Graça Vasconcellos, primeira Diretora da Escola; Karem Oliveira Machado, aluna que representa a 8ª série; Srª Vera Regina Nunes, Presidente do CPM. Vou ser
rápido e objetivo, acho que o companheiro Valdir Fraga fez um discurso extremamente simples, mas abrangente,
e disse, à sua moda, o que ele, como Vereador, como político, cidadão, como pai e
Deputado, tinha a dizer desta escola dos nossos CIEMs. É uma
escola importante e que, hoje, ela completa 35 anos de atividade na educação das
crianças porto-alegrenses.
Prefiro, rapidamente, me referir ao patrono, pois tive a honra pessoal, um
privilégio de ter não só conhecido José Loureiro da Silva, ser amigo dele, mas também de trabalhar com o Prefeito José
Loureiro da Silva. Iniciei a minha vida no Município de Porto Alegre como funcionário da Prefeitura
no ano em que José Loureiro da Silva assumia, pela segunda vez, a Prefeitura da Cidade, em 1960, onde permaneceu até o
final de 1963, quando entregou a chave da Prefeitura a um outro trabalhista, o
ex-Prefeito Sereno Chaise. E nesses quatro anos de atividade como Prefeito
da Cidade de Porto Alegre, Loureiro da Silva foi extremamente generoso, mas
sabia ser extremamente austero. Loureiro da Silva era um político que hoje é raro neste País. Ele deixou
marcas profundas na vida desta Cidade. Na sua história existe muito folclore,
mas existem, também, alguns fatos concretos. Um deles diz respeito à
aberturada da Av. Farrapos. Na sua primeira
gestão como Prefeito, quando Loureiro da Silva rasgou a Av. Farrapos, ele foi considerado,
na época, como um visionário, um homem que estava fazendo algo que ficaria, talvez, para o ano de 2000, sem utilidade. A Província, que era Porto Alegre, à época, entendeu a obra como faraônica. Vejam,
senhoras mães, pais, professoras aqui presentes a visão de um administrador. E Loureiro da Silva, como Prefeito, já na sua
segunda gestão em Porto Alegre, deixou também obras importantes, cuidou desta Cidade com
extrema dedicação.
Lembro-me bem o dia,
pois há desígnios na vida das
pessoas que, às vezes, fazem com que elas se cruzem, nos bons e maus
momentos, em que eu estava trabalhando em uma atividade particular, quando, em plena Praça da Alfândega, eu vi um
movimento em frente ao Clube do Comércio e alguém disse: “Acabou de morrer o Loureiro da Silva”.
O Dr. Loureiro da Silva faleceu ao sair na porta do Clube do Comércio. São questões que sempre calcaram a minha vida e sempre tenho
boas coisas a falar sobre Loureiro da Silva. Sempre tive carinho por ele, como cidadão, e muito respeito pelo político que ele era. Foi originalmente um
trabalhista,
integrante do antigo Partido Trabalhista Brasileiro. Depois com os movimentos políticos ele teve uma deserção. Elegeu-se Prefeito praticamente sozinho por um partido pequeno, o PDC, na época era muito pequeno contra a força e o poder do PTB, porque ele, indiscutivelmente, era um cidadão da
Cidade. Por isso, a minha homenagem à Escola de 1º Grau José Loureiro
da Silva é feita à sua Diretoria, ao seu corpo
docente, aos seus alunos, ao Círculo de Pais e Mestres, às mães, à Zona Sul de Porto Alegre, ao Bairro Cristal, mas, particularmente, com imenso carinho, à lembrança de seu patrono, a este grande rio-grandense que foi e sempre será José Loureiro da Silva. Muito
obrigado. (Palmas.)
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Concedemos a palavra, ao Ver. Luiz Braz pelo PTB.
O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente da Câmara Municipal, Ver. Valdir
Fraga, a quem nós muito estimamos e, sabedores que somos da liderança que V. Exª tem na Zona Sul da
Cidade, Zona Sul que praticamente o elegeu Deputado do Rio Grande do Sul e tenho certeza absoluta que
esta Zona não se arrependeu de tê-lo eleito Vereador por várias legislaturas, também desta
feita vai-se orgulhar de tê-lo como representante na Assembléia Legislativa; Secretária Municipal de Educação, Profª Esther
Grossi uma pessoa que aprendemos a admirar
através do tempo e do
trabalho executado em sua Secretaria, fazendo com que o ensino no Município de
Porto Alegre possa ganhar dinamismo e
força a tudo aquilo
que é precioso para que possamos ter no nosso Município aquelas condições necessárias
para voltarmos a ter a
qualidade do ensino de outrora. É muito bom, realmente, ter a sua presença na Secretaria; Profª Clara Rimolo Anele, Diretora da Escola
Municipal de 1º Grau José Loureiro da Silva; Profª Jane Maria Faria da Silva, Vice-Diretora da
Escola; Profª Maria Salete Jagmin, Presidenta do Colegiado da Escola; Profª Maria da Graça Vasconcellos, 1ª Diretora da Escola; Karem
Oliveira Machado, aluna representante da 8ª série da Escola; Srª Vera Regina Nunes, Presidenta
do Círculo de Pais e Mestres da Escola; senhores e senhoras e alunos. Eu, logo ao entrar no Plenário, o meu gabinete praticamente
fica no corredor que
dá entrada aqui para o Plenário, nós víamos que não apenas os professores, os alunos da Escola José Loureiro da Silva estavam presentes. A
comunidade está presente, a comunidade se faz integrada, hoje, aqui na Câmara Municipal, comemorando os 35 anos de vida e existência da
Escola José Loureiro da Silva. E isso, realmente, eu acho a parte mais importante, se uma escola
está atendendo os reclamos da sua comunidade, se uma escola não está agradando dentro da
linha estabelecida para atender sua clientela de 1º Grau, a comunidade também não está lhe dando apoio.
Nós temos visto, aqui, vários exemplos, nesta Cidade, e isto não está acontecendo com a Escola José Loureiro da Silva. A comunidade está presente, e
quando o Ver. Valdir Fraga solicitou a homenagem para os 35 anos, nós meditamos sobre o
que é toda esta existência. Todos esses 35 anos voltados para o período mais importante da vida de uma
pessoa. É exatamente no primeiro grau que a criança começa sedimentar tudo
aquilo que é necessário para que ela possa, mais tarde, ser alguém de qualidade na vida. Não adiantaria nós vermos cursos de 2º grau, cursos superiores da mais alta qualidade, se por ventura nós não tivéssemos o cuidado de ter qualidade, também, principalmente no ensino de 1º grau. E quando a gente vê que uma
escola está completando 35 anos vivendo exatamente para sedimentar os conhecimentos dessas crianças que estão iniciando, agora, sua caminhada no aprendizado da vida nós realmente
não podíamos ficar ausentes, e o Partido Trabalhista Brasileiro que teve no passado a figura de José Loureiro da Silva, não poderia ficar ausente de vir aqui cumprimentar
esta Escola pelo seu trabalho desenvolvido.
É claro que não tivemos a mesma sorte que o Ver.
Dilamar Machado, que me antecedeu na tribuna, de ter convivido com José Loureiro da Silva. Ouvimos V.
Exª, Ver. Dilamar Machado, com toda a atenção possível, para vermos e ouvirmos a sua experiência trazida, aqui nesta tribuna, de como era, na verdade, o Petebista José Loureiro da Silva, aquele homem tão interessado na educação. E
nós ficamos cada vez mais orgulhosos de sermos trabalhistas, exatamente assim, olhando o passado, os vultos
famosos do passado e vendo que estes vultos famosos da história estiveram dentro do nosso Partido, do PTB. V. Exª é um trabalhista, também
está no trabalhismo, talvez dos partidos que representam o trabalhismo o mais
importante do Brasil, o PDT. E um dia talvez estejamos juntos no mesmo partido
trabalhista. Quando olhamos o passado vemos que devemos à figura de Jose Loureiro da Silva muito e ficamos muito
orgulhosos de tê-lo tido em nosso quadro partidário.
Escolhi, selecionei duas frases para poder marcar este
aniversário dos 35 anos de José Loureiro da Silva. Uma das frases é de
Pitágoras que afirmou certa feita: “Educais os homens e não será preciso puni-los”. Eu diria que, exatamente, aí está o papel da escola, o grande papel da escola.
Hoje, quanto mais qualidade conseguirmos dar à escola, à educação, mais qualidade ao ensino de 1º Grau, estaremos dando chance a mais crianças chegarem
ao 1º Grau, porque bem sabemos que
são poucas as crianças que têm a chance de chegar ao 2º grau. Muitas crianças nem
conseguem completar o 1º grau. E quando estão fazendo o 1º grau, quando conseguem, dificilmente conseguem uma escola de qualidade como a Loureiro da Silva e é realmente assim hoje
em dia. Educando as crianças nós vamos esvaziar os presídios; qualificando os
primeiros graus e fortificando escolas como esta nós vamos poder fazer uma sociedade bem melhor. Uma
outra frase que nós escolhemos, também, é de Platão, e dizia: “A educação tem por fim fortificar
o corpo e aperfeiçoar a alma”. Eu acho que se nós não conseguirmos fazer isso exatamente nessa fase, quando a criança está passando pelo 1º grau, nós não vamos conseguir fazer
isso nunca na vida. É exatamente aí que nós começamos a dar para essas crianças a
sua força, a sua
personalidade, a aprontá-las para que elas possam seguir os seus destinos na caminhada pelo mundo do ensino. É por isso que eu, como Líder
da Bancada do PTB, aqui nesta Casa, não poderia deixar de vir aqui cumprimentar os professores, os funcionários, a Direção da Escola, os alunos da
Escola e toda a
comunidade que está aqui, hoje, para homenagear os 35 anos da Escola de 1º Grau
José Loureiro da Silva.
Parabéns a todos vocês e muito obrigado, em nome das crianças, por tudo
aquilo que vocês fazem. (Palmas.)
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Eu sugiro que nós alteremos a ordem,
porque ainda temos dois ou três discursos. Fazendo a apresentação das crianças, primeiro, nós vamos deixar a meninada mais à vontade. Depois, então, continuamos
com os discursos.
Anunciamos, então, a apresentação dos alunos do
Jardim de Infância da
Escola Municipal de 1º Grau, que vai interpretar a “Canção da Primavera”.
(Apresentação dos alunos.) (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE: Concedemos a palavra ao Ver. João Motta que falará em nome
de sua Bancada, o PT e do PSB.
O SR. JOÃO MOTTA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, senhoras, senhores, a Bancada do PT gostaria de registrar, rapidamente nesta homenagem,
nos solidarizamos com a justa iniciativa do ilustre Ver. Valdir Fraga e que,
agora, se transforma numa homenagem da Câmara Municipal ao 35º aniversário de fundação da
Escola Municipal de 1º Grau José Loureiro da Silva.
Interpretando, neste momento, como sendo de
conhecimento de todos nós,
neste espaço que a educação deve sempre merecer, particularmente do 1º grau, na
sociedade. Entendemos que, se é verdade essa
afirmação, nós queremos uma Cidade para todos. É evidente que nesta Cidade a educação terá papel
fundamental.
Portanto,
ao se homenagear a Escola, os seus 35 anos de existência,
nós gostaríamos, mais uma vez, de reafirmarmos isto, porque para nós, do PT, é um princípio político, ou seja, de que as
transformações sociais, econômicas e políticas somente serão estruturadas na sociedade
brasileira a partir do momento em que nós enjambrarmos, cada um dentro de si, um
respeito, uma consideração e, num momento como este, a alegria de ter na
educação, o ensino do 1º grau, uma das pontes para este novo futuro que nós queremos mais democrático,
igual para todos nós.
Era este o registro que queríamos fazer, rapidamente, em nome da
Bancada do PT, parabenizando, mais uma vez, os professores, pais e alunos que estão simbolizando, aqui, nesta homenagem, todo este esforço que, de alguma forma, todos nós
estamos fazendo no
sentido de fazer com que o ensino de 1º grau e a educação ocupem de fato um papel cada vez mais decisivo nestas transformações que todos nós sonhamos e desejamos para a
sociedade brasileira. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Com a palavra o Ver. Artur Zanella
que fala em nome de sua Bancada, o PFL e da Bancada do PDS.
Registramos, também, a presença do Ver. Clóvis Brum.
Estava
pensando comigo mesmo que a nossa vida, aqui, é uma vida aparentemente fácil. De manhã, às 9 horas, já estávamos aqui discutindo o sábado-inglês; ao meio dia alguns foram aos seus
compromissos e eu fui
à Federação das Indústrias, ouvi o Presidente do BNDES sobre a privatização
das empresas gaúchas, principalmente a COPERSUL, Aços Finos Piratini, Banco Meridional. Vim à Sessão, depois fui a uma
Comissão Parlamentar de Inquérito sobre problemas de transporte e chego correndo,
atrasado, à solenidade dos 35 anos da Escola Loureiro da Silva, que tem uma ligação
muito grande com Porto Aelgre. Quase todos sabem, em frente à Câmara de Vereadores fica a estátua
que representa Loureiro da Silva, que é nome de viaduto e da Avenida que passa em
frente a este prédio, um nome que representa bem uma escola como esta em uma zona com problemas
sociais, problemas de infra-estrutura, onde se destaca a escola.
Conheci
a escola pequena de madeira, depois cresceu, e nós, aqui, como Vereadores, incluímos como um ideal o
funcionamento de todas as escolas como CIEM completo no futuro, quando isto for possível.
Quero,
em breves palavras, dizer que citei aquele elenco de coisas que nós fizemos, porque todas aquelas atividades foram atividades
com pressões, tensões, com
discussões, dificuldades, comerciários querendo uma coisa e comerciantes querendo outra, população outra, os Vereadores cada um de uma forma querendo defender o que acha justo, coroando todo este dia
de problemas que continuará amanhã, continuará sempre enquanto formos Vereadores. Nós
temos a felicidade de assistir algo que faria até que não fossem necessários estes discursos, que foi a apresentação do Jardim de Infância, das Professoras Maria
da Graça, Denise e Cleide, que faço questão de citar os nomes, porque é o que a gente quer ver para a
nossa juventude, para a nossa Cidade. São escolas deste tipo que ensinam as
crianças desde as suas mais ternas idades até que elas possam ter o 2º grau, faculdade, tudo
aquilo que nós queremos.
Eu me
lembro, há muitos anos, quando uma amiga minha me disse que iria lecionar, praticamente pela primeira
vez, que nunca tinha lecionado numa escola, a não ser central, e disse que iria para a Loureiro da Silva. Eu fui lá, olhei as instalações, as
madeiras caindo, e disse para mim: “Esta não dura um ano, essa logo vai embora”. Para
minha satisfação não foi, e junto com a Profª Clara, a Clarinha, me fizeram conhecer este
Colégio. A Profª
Clara, que é filha de um Cidadão
Emérito desta Cidade, Biaggio Rimolo e da Dona Josefina, que também está aqui. Dona Josefina, que
em tudo que é festa se apresenta como convidada e termina sempre ajudando, é conhecida por todos como a
Pepa.
E finalmente, Sr. Presidente, Srs.
Vereadores, como encerramento, uma brincadeira ao Presidente Valdir Fraga, que praticamente se despede
desta Casa, convidando seus amigos que são os alunos, professores da escola, ele que
está indo para a Assembléia Legislativa. Que neste mar de problemas, neste mar de confusão, neste mar de pedidos, que
nós nunca conseguimos atender, ao menos esse eu consigo atender, e já me
perguntaram: “Não tem
esse ano bolo para o Loureiro da Silva”? Eu disse tem! Porque faz muitos anos que uma das poucas que eu consigo atender é o bolo de aniversário do
Loureiro da Silva. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não
revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: Eu só
quero saber se V. Exª vai ou não oferecer o bolo? Vai levar o bolo para todos os presentes, que são
aproximadamente 500 pessoas?
A
seguir, anunciamos a participação dos alunos da 7ª e 8ª série da Escola Municipal de 1º Grau José Loureiro da Silva, que vão apresentar um jogral com a história da Escola homenageada.
(Os
alunos fazem a apresentação do jogral.)
O SR.
PRESIDENTE: Concedemos
a palavra à aluna Karem Oliveira Machado, representante
da 8ª série.
A SRA.
KAREM OLIVEIRA MACHADO: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, nossa Escola está completando 35 anos. Uma parte de nossas vidas nós
vivemos ali, em companhia de todos aqueles que fizeram e fazem do Loureiro a grande
escola que é. Grande
pela união, trabalho, amizade, carinho, alegria e dedicação que existe por parte de todos
aqueles que nela trabalham ou estudam.
Nós
estamos terminando a 8ª série e vamos deixar o Loureiro. Mas, nesses oito anos, vimos
muita coisa acontecer, coisas que constitui a memória, o próprio existir de
nossa escola.
Ainda
nos lembramos do PREMEM,
dos banhos de mangueiras, das brincadeiras, dos passeios, dos jogos. Como foi
bom o Jardim da Infância, as histórias contadas pelas Professoras, os
desenhos que fazíamos, a festa de fim de ano. Na 1ª série, a aprendizagem das
letras, por exemplo:
a letra L era a Lili, o T era a Talita, o V era de Vera. Mas lembro, também, que esta época, houve uma tragédia: o alagamento
na escola.
O
Loureiro era um colégio pequeno, simples, humilde, mas carinhoso e muito
aconchegante. Ele não tinha pátio para fazer Educação Física e para as crianças
brincarem no recreio.
As salas eram pequenas e, no verão, quentes abafados. Quando estávamos na 5ª série, foi feito um outro pavilhão;
na 6ª série, foram construídos o refeitório e o banheiro novo, mas logo foi tudo destruído.
Temos boas recordações do tempo do Loureiro antigo. Nunca vamos esquecer as gincanas, as festas juninas, o
coral, as apresentações, as brincadeiras e competições. O Loureiro vai ficar
na saudade.
A 7ª e a
8ª séries cursamos no colégio novo. A escola mudou, e mudou para melhor. Ficou bem
maior, com o ginásio de esportes, refeitório amplo, área coberta, muitas salas de aula,
laboratório, sala de artes e técnicas. E continua sendo uma escola boa, limpa, organizada, alegre e simples, mas alegria e simplicidade que causam expressão de alegria e bem-estar em qualquer um que venha a
conhecê-la. Unido em todos os momentos, na
tristeza e na alegria, nos dias de sol e chuva, o Loureiro nunca deixa faltar
nada a seus alunos.
Nós vimos o Loureiro crescer e esperamos que continuem sempre assim.
No fim
do ano nós vamos deixar nossa escola. Há muita expectativa em relação ao 2º grau. Será que o outro colégio vai ser tão
bom quanto o Loureiro? Será que vamos ser felizes lá como nós fomos durante todos
esses anos? Vamos sentir saudades do
Loureiro e dos nossos colegas e amigos, de todos
aqueles (direção,
professores e funcionários) que trabalharam por nós, que deram uma parte de si para que estivéssemos bem preparados para enfrentar o 2º grau em qualquer outro colégio. A sensação que temos é que vamos deixar uma grande
família com quem vivemos durante a nossa infância e parte da adolescência, com quem partilhamos
importantes momentos de nossas vidas.
Nunca vamos esquecer o José Loureiro da Silva pelos
valores essências que recebemos, tanto no passado como no presente, e que, no futuro, possamos continuar recebendo.
Disto nós temos certeza, porque a nossa
marca está vinculada à nossa estatura, que é tão forte como
muralha de um alicerce de concreto. Parabéns, Loureiro, pelos seus 35 anos.
(Não
revisto pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE: Concedemos
a palavra, a
seguir, à Vera Regina Nunes, Presidente do CPM.
A SRA.
VERA REGINA NUNES: Exmo
Sr. Prefeito Municipal, Exmo Sr. Presidente da Câmara, Srs.
Vereadores, Senhora Secretária, demais autoridades, minhas senhoras e meus senhores. Na qualidade de mãe e Presidente do CPM da Escola Municipal José Loureiro da Silva, que neste momento recebe
merecidamente esta homenagem, gostaria de externar o nosso sentimento. O que vibra com mais intensidade é esta transbordante felicidade
diante do reconhecimento público.
E quando nos reunimos para lembrar os 35 anos do
Loureiro, nossa consciência
nos diz que existe um mérito muito maior do que isto. Deixamos evidentes que, decorridos estes longos anos, o somatório de lutas vivenciadas pelos pais e professores,
gestionando, labutando e, porque não dizer, sofrendo através das demais variadas administrações, legou-nos, hoje, um riquíssimo acervo de experiências. Experiências estas que se cristalizaram, também, pelas variações humanas envolvidas neste processo,
tão dinâmico e
desafiador, que é a tarefa de acompanhar a
educação de nossos filhos fora dos nossos lares.
No
Loureiro esta tarefa tem facilitado por atos edificados e identificados com a
luta cotidiana onde pais, professores e funcionários se harmonizam numa
cumplicidade eficaz e necessária. Isto é, sem dúvidas, um laboratório para os muitos e
muitos anos que temos pela frente. Não podemos medir limites, nem impor
resistência, pois
tudo no nosso ambiente de trabalho extrapola.
Estamos
de parabéns, sim!
Porque nesta Escola existe sensibilidade, também existe sentido nas mais
singelas atitudes. Fazemos votos que este gesto de
integração, que hoje proporcionamos, possa servir de exemplo a
todo o cidadão e também aos homens públicos. A estes, principalmente, pelas suas peculiaridades, renovamos um apelo para
que eles tenham sempre em seus objetivos o maior empenho em aprimorar a educação, oportunizando a todos os jovens os instrumentos
necessários para que sejam cidadãos de bem, tenham dignidade e consciência no futuro, além da
confiança nos homens que governam este País.
Com
humildade emanando dos nossos corações, sentimo-nos receosas, de deslizar pela falsa
modéstia diante da magnitude desta convocação que
nos faz plenos de entusiasmo, queremos deixar registrados os nossos mais profundos agradecimentos por este ato.
Muito obrigada.
(Não
revisto pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE: Com a
palavra a Srª Esther Grossi, Secretária Municipal da Educação.
A SRA.
ESTHER GROSSI: Ver.
Valdir Fraga, Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre e futuro Deputado; componentes da Mesa; senhoras e senhores e muito especialmente professoras, funcionários, pais e alunos da Escola
Municipal Loureiro da Silva.
É um
momento muito importante este desta comemoração de 35 anos desta Escola e eu gostaria de fazer, aqui, a homenagem a todos aqueles que trabalham, ao longo destes 35 anos, realmente, produzindo aprendizagem. Porque a minha
experiência de professora o que me da maior certeza é que é realmente possível ensinar,
porque nós produzimos a aprendizagem, e no Loureiro da Silva está sendo produzida esta
aprendizagem. Pude constatar isso estes dias, quando estive lá almoçando com a direção e com os
professores, e vendo de perto o esforço dos
professores e dos
funcionários, desde aqueles que consideramos também profissionais da
educação, que trabalham na cozinha, na limpeza, na vigilância e que todos contribuem para a real aprendizagem das
crianças e acreditamos que mesmo as crianças oriundas das famílias mais pobres, elas conseguem
realmente aprender e estão aprendendo nesta escola.
Eu
salientaria a experiência tão exitosa da professora de classe especial que consegui que os
alunos, já no primeiro semestre, estão lendo e escrevendo. Saúdo o esforço que se
faz nesta Escola pelas atividades que não são estritamente curriculares e muito especialmente à banda, o coral, porque alimentam não só a
inteligência, mas
também a afetividade e a capacidade de interação social das nossas crianças. E
o testemunho que faço, aqui, é o da integração da comunidade e a escola num esforço conjunto de
levar as crianças, os
adolescentes e
adultos, também, realmente o que há de melhor em termos científicos de educação para que tenhamos cada dia mais a era de uma
vivência mais fraterna, mais justa e de uma vivência com mais liberdade para
cada um de nós, e que possamos, realmente, compreender e transformar a comunidade. O meu
abraço e meus cumprimentos calorosos a todos, à direção, às ex-Diretoras da Escola Municipal Loureiro da Silva, a todos os professores, a todos os funcionários, aos pais e alunos. Meus cumprimentos à Câmara de
Vereadores que presta
esta homenagem tão linda e tão merecida a esta Escola. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não revisto pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE: Concedemos
a palavra à Profª Clara Rimolo Anele, Diretora da Escola Municipal de 1º Grau José
Loureiro da Silva.
A SRA.
CLARA RIMOLO ANELE: Exmo
Sr. Presidente da
Câmara de Vereadores, Valdir Fraga; Exma Srs. Secretária Esther Grossi; ex-Diretoras amigas Virgínia, Elaine, Raquel, Maria Salete, Vera; Srs. Vereadores, em especial nosso amigo Zanella,
e Vereadores aqui presentes, autoridades, convidados, professores,
funcionários, pais e alunos. Nosso labor de hoje lança a seguinte receptividade, a colheita que virá é luz de brilho intenso que norteará o rumo
interessante de quem, no amanhecer da vida, busca o amparo do conhecimento. É preciso que se
perceba, aqui e agora, na Casa de Porto Alegre, que o motivo de orgulho que hoje nos domina conduz ao
agradecimento. Sim, pois quem tem motivo para agradecer é porque foi alvo de reconhecimento por realizações significativas. O exemplo que queremos dar recai sobre coisas já
exploradas, como Projetos, planos-poilotos, com ênfase na terminalidade, sustentados na
qualidade, no aprimoramento. Percebemos, agora, que a dinâmica do ensino, esta tarefa magnífica a que nos propomos tem
investigado uma metamorfose abrangente e douradora, quando estabelecemos um paralelo entra a palmatória de ontem e o audiovisual de
hoje.
Talvez
um dos ingredientes do nosso sucesso reside na formação universalista que predomina na Escola José Loureiro da
Silva, onde os limites das barreiras foram soterrados, sobrepondo-se a
oportunidade independente de nível social, credo ou aspecto racial. O que vivenciamos, hoje, é a continuidade de um espírito de grupo tão forte, tão coeso, que cada um se
insere como elemento gerador para desencadear suas tarefas. E todos vocês em
nossa Escola são
especiais, no seu próprio ser e fazer. Também
queremos lançar um alerta, estamos conscientes de que nossa tarefa não é conclusiva. Conhecemos a
responsabilidade de criar as condições para um embasamento para toda a clientela que recorre aos nossos princípios administrativos, pedagógicos e
didáticos. Todavia, a continuidade desse trabalho se perderia na vala comum havendo ausência de
sensibilidades dos nossos representantes públicos até por uma questão de coerência, pois muitos deles têm a sua própria origem na escola pública situada na
vila mais carente. Necessário se faz que seja assegurado ao professor o
reconhecimento pela importância estratégia do seu trabalho, com salários compatíveis ao seu anseio de viver com dignidade e que também possam ter acesso às informações proporcionadas pela celeridade da tecnologia e das ciências modernas. Assegurados esses direitos, com eqüidade e justiça, não deverão temer, a nossa sociedade, pelo seu próprio equilíbrio. O caminho que pavimentamos, hoje, para os nossos adolescentes servirá, sem dúvida, para a jornada do homem de amanhã.
Nós agradecemos
a todos os Vereadores. Ao nosso Ver. Valdir Fraga, que tem-nos acompanhado
em quermesses,
festas, proporcionando campeonatos entre nossos alunos. Agora, na semana da criança, houve um campeonato e os alunos que estão presentes são os vencedores, inclusive. Ao Artur Zanella, que este ano livrou-se do bolo, mas nós vamos cobrar em dobro. Em especial, à nossa Secretária de Educação, que tem nos dado
todo o apoio em todos os aspectos: administrativos, didáticos e pedagógicos. Muito obrigada. (Palmas.)
(Não
revisto pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE: Lamentavelmente,
estamos chegando ao final. Este dia, que se transformou em bonito e agradável, com a presença das senhoras e dos senhores, cada
qual mais lindo, as professoras, os pais, tem um com a carequinha
brilhando, mas ficamos muito alegres com a presença de todos. E assim muito descontraídos, saindo um pouco da pauta, porque é dia de festa, são 35 anos. E quando vejo lá a professora encostada,
talvez ela esteja relembrando, ela aparece na foto, aqui. E o Ver. Zanella tem
razão, ela está conservada e bonita como as demais professoras.
A
Escola, ela não é uma
Escola carrancuda, é
interessante que com todas as suas dificuldades, com
todas aquelas cheias e que
transbordavam os valões
de um lado e de outro, tem até um fotógrafo, ele é nosso amigo, é da comunidade. Quantas fotografias ele não terá do antigo Colégio que, se não me engano ele mora
quase em frente, ele
deve ter aquelas e as
de agora. Aquele Colégio antigo, eu acho que nós poderíamos considerá-lo “remendão”. Mas é um “remendão” gostoso, porque
fazia os alunos, as professoras participarem em
busca de melhorias.
Então, saímos um pouco do protocolo da Mesa, mas achamos que tem que ser assim de coração, ainda
mais para quem está saindo de Casa e indo para uma outra Casa, mas que falando
muito já se começa a sentir saudades, com treze anos de Câmara, graças à maioria dos senhores e das senhoras que nos deram esta oportunidade de
representá-los.
Estamos
fazendo esta homenagem que cabe à Cidade de Porto Alegre, muito justa, aos
professores, ex-professores, alunos, pais e amigos do nosso Loureiro da Silva.
Encerrando, de mãos dadas aos amigos e amigas que estão aqui na
Mesa, vai o nosso abraço a todos os presentes e tendo certeza de que vão levar extensivamente para os alunos e professores, que aqui não estiveram, um grande beijo a todos e que possamos estar juntos
em outros aniversários e outras horas. Um grande abraço e estão encerrados os trabalhos.
(Levanta-se
a Sessão às 17h31min.)
* * * * *
Está com a palavra, o Ver. Leão de
Medeiros, pela Bancada do PDS.
O
SR. LEÃO DE MEDEIROS: Meus Senhores e minhas Senhoras. Nada mais agradável em
exaltar em meu nome pessoal e da Bancada do PDS as virtudes do homem de bem
sobretudo quando, na atividade
política, o homenageado se situa em terreno diverso do orador, não raro a ele
oposto. Pois se no elogio do correligionário pode surgir e permanecer a dúvida
quanto a autenticidade do louvo, talvez mais inspirado na irmandade de
convicções que o mérito real, no tributo prestado aos
militantes de outras grei a homenagem brota sincera, proclamando a satisfação
de reconhecer que as divergências não elidem o reconhecimento do mérito que
comunica dignidade e valor ao próprio antagonismo das idéias.
Assim
é o homenageado de hoje na
meritória iniciativa do Ver. Elói Guimarães. Firme nas suas convicções, pugnaz
nas atitudes, brilhante no pensamento e na palavra, íntegro na conduta e,
sobretudo, elegante no trato dos opositores, que com ele, sabe afastar do plano
pessoal a divergência das
idéias.
Na
realidade, são duas as imagens que ostenta, numa combinação rara e difícil:
Petracco, o político atuante e Petracco, engenheiro destacado. Com o mesmo
empenho que se põe a analisar a realidade social e política, com a mesma percuciente capacidade
analítica que mobiliza no debate do Estado, da Sociedade e da Nação, logrou
construir uma das mais sólidas reputações profissionais no cenário local e
nacional, de engenheiro especializado em, tecnologia da energia e sua conservação, estabelecido com escritório em
Porto Alegre e Pernambuco. No cenário local, afora inúmeros profissionais de
arquitetura que se socorrem de seu assessoramento no projeto, conta entre seus
clientes com algumas das grandes empresas locais como os grupos Gerdau, Zafarri e Do Sul; no âmbito
nacional, tem projetos executados em Pernambuco, no Pará, em Minas Gerais, no
Rio de Janeiro em São Paulo; já ultrapassa os limites no Brasil, ao negociar
recentemente, na Alemanha, o “Know-how” de um de seus projetos de refreadores evaporativos.
Como
empresário, é responsável técnico, diretor e acionistas de uma empresa
especializada em cordoaria pesada para atração de navios, sediada em São
Leopoldo, exportando regularmente para as nações que exploram o petróleo do Mar Norte, para a Grécia, a Holanda, o
Chile, Cingapura, a Índia, a Itália e a Inglaterra, em acirrada disputa com a
concorrência internacional, que vem enfrentando com alta qualidade de seu
produto, o qual tem reiteradamente superado recordes mundiais de resistência, medida em número atrações
de grandes navios, a que o cabo resiste incólume.
Nascido
em Passo fundo, tem origens italianas e espanholas. Seu avô paterno, João
Baptista Petracco nasceu em San Vito de Tagliamento, nas proximidades de Udine,
na Itália Setentrional; sua
mãe, Argentina, descendida de espanhóis e guaranis. É, pois, na etnia, a síntese do Rio Grande do Sul.
Nosso
homenageado é um homem profundamente marcado pe educação que recebeu
influenciado pelos mestres que encontrou: guarda, com grande carinho, a figura marcante do
seu curso primário, no Grupo Escolar Protásio Alves, em Passo Fundo – a
Diretora – que até hoje visita – D. Maria Súria Dipp, a qual, ainda fazendo as
vezes de segunda mãe e preceptora, escreveu-lhe uma carta, em 1986, que guarda como um documento maiôs valioso de sua vida, pelo que
contém de sábio e de comovente.
Em
Porto Alegre, no colégio Nossa Senhora das Dores, encontrou na figura admirável
do Irmão Bento, o impulso para os livros, que não mais o deixou, a partir da obra de José Ingenieros, em “As Forças Morais” e o “O Homem
Medíocre”. No Colégio Júlio de Castilhos encontrou,, no Mestre de Química,
Abílio Azambuja, outro alicerce de seu futuro perfil de engenheiro. Ingressou
no Curso de Engenharia Mecânica e Elétrica, da
Escola de Engenharia da UFRGS, lá privando com os educadores notáveis, como Alquindar
Pedroso e David Mesquita da Cunha e, também mercê de sua presença na política
estudantil, cosntg5uinbdo grande apreço e admiração pela figura extraordinária que
foi o Reitor Elyseu Paglioli.
Mas, curiosamente, atribui sua inclinação para a área de energia de um mestre
da matéria mias próxima da Engenharia Civil
- o Professor Luiz Duarte Viana, cujo enfoque sobre a estabilidade das
construções, a partir do conceito do trabalho
virtual, de alguma forma levou o jovem Mecânico e Eletricista a sintetizar sua
visão no programa de energia.
Diplomado,
ingressou, em 1963, por concurso, nos quadros da Petrobrás e prosseguir, ao
mesmo tempo, na militância política que iniciava no ciclo secundário de sua educação. Segundo diz, com o humor
fino que põe até mesmo em sua auto avaliações, ingressou na política instado a
“combater os comunistas”, mas acabou contaminando-se ao menos de uma forma
atenuada de vírus...
No
ano de 1964 o colhe Suplente
de Deputado Estadual pelo PDS. Cassado logo em abril de 1964, só vai ter seus
direitos políticos restabelecidos pela anistia de 1979. Atravessou com coragem
e convicção os anos de provação, talvez porque, ao olhar para este passado, não
veja o que censurar-se,
sabedor de que arrostou com dignidade os tempos adversos e usou a experiência
para agradecer-se sem ressentimentos e sem ódios, granjeando o respeito e
admiração até mesmo de muitos adversários. Afastado da política, voltou-se
integralmente para sua outra
paixão, permitindo que, de sua inteligência e labor, surgisse o grande
engenheiro em que se transformou (o que segundo um de seus antigos mestres na
escola der Engenharia não deixa de seu um mérito indireto a crédito dos que o
baniram temporariamente da
distração política, prejudicial aos desígnios de engenheiro que bradava por
emergir de sua complexa e agitada personalidade...)
Porto
Alegre, ilustre engenheiro, o faz neste momento, Cidadão Emérito. Nesta
distinção está, mais o projeto ao profissional
ilustre, mais que o tributo ao político coerente e fiel às suas convicções.
Está o reconhecimento daquilo que foi reconhecido daquilo que foi retirado no
início desta palavras: a grandeza do homem de bem, que sobrepujou a adversidade
abrindo, com coragem e
dignidade, novos rumos para a sua vida, sem permitir que o veneno do
ressentimento o limitasse no mesquinho realimentar do ódio que é uma desculpa
para a paralisia e o medo! (Palmas.)
(Não
revisto pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE: Ver. Flávio koutzii,
que falará em nome da Bancada do PT.
O
SR. FLÁVIO KOUTZII: Não poderia começar sem registrar, porque acho que é uma
pequena singularidade, neste momento,e
um dos prazeres da vida, que são esses reencontros e estas situações. Eu
também fui da FEURGS, na época
em que tu começavas a liderar um movimento estudantil combativo-nacionalista e
corajoso e que enfrentou, sob a inspiração e a liderança de Petracco, nos anos
de 1964 e das lutas da legalidade. Me parece que faz muito tempo, e, ao mesmo
tempo, que faz pouco tempo,
porque, em parte, a cassação das nossas vidas, as obstrução dos caminhos dos
democratas, dos homens e mulheres de esquerda neste País, nos permite, recém
nesta década, assumir, publicamente e plenamente, a potencialidade de nosso sonhos, de nossa capacidade de trabalho e
de nossa capacidade de luta. Acho que a intervenção do Ver. Leão de Medeiros,
que me antecedeu, foi muito precisa e adequada, tanto quanto refez e recontou a
biografia, pessoal e profissional, do Petracco, quanto, de forma muito honrada e elevada,
distingui-se a diferença ideológica que realmente existe entre homens que hoje
se definem e no passado também, em terrenos opostos nas vias e nos caminhos da
construção deste País. É uma demonstração de respeito e é uma demonstração de lucidez. Mas eu quero falar
como irmão de esquerda. Quero falar com aquele que representa o partido dos
Trabalhadores nesta cerimônia, que é um dos resultados dos nossos comuns
esforços, das nossas lutas e de momentos muitos difíceis; e ressaltar que o que é justamente singular, o
que talvez seja o que mais possa-nos emocionar e dar relevo às cerimônias que
as vezes são um pouco formais, é isto que não acontece todos os dias, é o
reconhecimento gradual, incontestável dos méritos de quem mérito e não mais da seleção dos que tem mérito
apenas quando estão num campo determinado da posição social. Para nós é uma
honra e uma satisfação, um momento de fraternidade trazer a palavra do Partido
dos Trabalhadores, de reconhecimento da trajetória de Fúlvio Petracco e de, fundamentalmente,
destacar o que é evidente, que o que se reconhece nele é o caminho feito, como
militante do povo. Ele foi e é engenheiro, mas entendemos que foi e é e será
sempre, um lutador das causas populares. Esta grandeza, este esforço e esta generosidade é que são, no
nosso entender, o que principalmente se reconhece hoje. . E quando a Cidade começa a
reconhecer isto, através da sua representação política que somos nós, significa
que ele agrega, ao universos dos seus valores, na identificação do que é importante, o mérito
doas caminhos feitos, o mérito do caminho que tu fizeste. É isto que se
reconhece aqui, é isto que a Bancada do Partido dos Trabalhadores saúda,
através da nossa intervenção nesta tribuna e é neste abraço que nós queremos te estender, Patracco, nosso
companheiro. Sou grato. (Palmas.)
(Revisto
pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE: Com a palavra, o Ver. Omar Ferri, pelo PDS, pelo PCB e pelo PC
do B.
O
SR. OMAR FERRI: Sr. Ver. Clóvis Brum, 2º Vice-Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre; Dr. Tarso Genro,
Vice- Prefeito da Cidade; Engenheiro Fúlvio Petracco, nosso querido
homenageado; excelentíssimo Deputado Jauri de Oliveira, Líder da Bancada do PSb na Assembléia Legislativa; Srs. Terezinha Petracco Grandene, irmã
do nosso homenageado e
representante dos demais familiares; Srs. Vereadores aqui presentes; minhas
Senhoras, meus Senhores e de um modo especial e com muita satisfação aos
companheiros do PSB, cuja militância em sua quase totalidade veio trazer os eu abraço a sua saudação e a sua solidariedade
àquele que simboliza o que significa e dá forma e conteúdo ao próprio Partido
no Rio grande do Sul, Sr. Fúlvio Celso Petracco. Eu não sei se é
fácil ou difícil dirigir algumas palavras nesta tarde ensolarada, nesta
solenidade que para nós toca
profundamente o âmago de nossos corações. Porque par anos do Partido Socialista o Petracco
realmente simboliza o próprio Partido no Rio Grande do Sul. Muitas vezes tem
pessoas que fazem confusão com o PDS e se referindo Amim dizem – tu é do PSDB do partido do Petracco – a
aí as cosias se esclarecem. Mas, a homenagem é acima de tudo a um Engenheiro
competente, a um profissional brilhante e a um homem condutor e de uma postura
ideológica sem par em nosso Estado. Eu digo sem par porque são dezenas de anos que o Petracco vem
magistralmente nas lutas em favor da nacionalidade Brasileira.
Então
me parece que aí está maior lição do Petracco para todos nós. E eu até falo com
muita tranqüilidade, razão porque agora vou fazer um esclarecimento, Petracco, a ti,, ao público, ao dizer que eu vinha
registrando até os dias de hoje mas acho que este é o momento solene, este é o
momento que eu devo te agradecer na medida exata de tua grandeza. Eu resisti a
entrada no PSB, por causa da imagem de certa gente que te apontava como autoritário dentro do Partido, eu
vinha resistindo, eu inclusive já vinha colaborando com o Partido, mas não
assinava ficha. E de repente por estas contingências da vida eu devo a
assinatura da ficha de filiação a um grande irmão e companheiro nosso que infelizmente hoje não se em contra aqui, que é o Dr. Bruno
Mendonça Costa. E passei a conviver contigo dentro do Partido e posso dizer
tranqüilamente, de público, que eu não sei muitas vezes se constrói imagens
diferentes do próprio sentimento
e do próprio comportamento de uma pessoa. E esta foi a tua imagem durante algum
tempo, Petracco: O autoritário. Não sei como é e porquê,s e durante todas as reuniões deste
último ano e meio que eu convivo com a direção Partidária, em nenhuma vez eu assisti que tu tivesse tomado uma
atitude fora do contexto e do consenso de todos nós.
Estão encerrados os trabalhos.
(Levanta-se a Sessão às 18h34min.)
* * * * *